O rapper Kanye West pediu quarta-feira, dia 11 de Fevereiro, uma revisão nos prémios Grammy, o maior da indústria fonográfica americana, e pediu que os álbuns mais vendidos tenham prioridade, ao mesmo tempo em que minimizou as críticas que fez a Beck pela surpreendente premiação de domingo.
Conhecido pelo temperamento explosivo, West considerou "desrespeitosa" a decisão do júri que atribuiu o prémio de maior prestígio, o de Álbum do Ano, a "Morning Phase", do roqueiro inovador Beck, aclamado pela crítica há 20 anos.
"Beck devia ter respeitado os artistas e ceder o prémio a Beyoncé", declarou ao canal de televisão E!, após a cerimónia no estádio Staples Center de Los Angeles.
Mas na quarta-feira, West quis diminuir o tom e afirmou que o roqueiro californiano de 44 anos era "um dos caras mais simpáticos e um dos músicos mais respeitados que há".
Mas, em alusão à interpretação 'gospel' de Beyoncé durante a cerimónia, ele acusou os organizadores dos Grammy de desrespeitar a mega-estrela: "deve haver algum nível de respeito para as pessoas que convocam com a intenção de vender publicidade para eles", disse o apresentador de rádio Ryan Seacrest.
Beyoncé conquistou três prémios, entre eles o de Melhor Canção de R&B pela ode à felicidade conjugal "Drunk In Love", um dueto sensual com o seu marido, Jay Z. O álbum "Beyoncé" é um dos trabalhos mais intensos da cantora.
Casado com a estrela de 'reality show' Kim Kardashian, West ameaçou boicotar os próximos Grammys se o organizador, a Academia Fonográfica, não mudar o processo de votação para reconhecer o sucesso comercial de um artista.
Com 21 Grammys, Kanye West é um dos músicos que mais ganharam os cobiçados gramofones dourados. No domingo, ele cantou com Paul McCartney e Rihanna.